Race and Color

Os Caminhos de Mandela

OS CAMINHOS DE MANDELA

STENGEL, Richard. Os Caminhos de Mandela: lições de vida, amor e coragem. São Paulo, Globo, 2010.

Sinopse: Preso de 1964 a 1990 pelo segregacionista regime do apartheid, alguns anos após sua libertação ganhou o Prêmio Nobel da Paz e foi o primeiro presidente eleito democraticamente na África do Sul. Em ‘Os caminhos de Mandela – lições de vida, amor e coragem’, o jornalista americano Richard Stengel enumera uma série de mensagens de sabedoria e liderança que aprendeu com o sul-africano durante a época em que o ajudou a escrever sua autobiografia. ‘Nelson Mandela talvez seja o último herói puro do planeta. É o símbolo sorridente do sacrifício e da integridade, reverenciado por milhões como um santo vivo. Mas essa imagem é unidimensional. Ele seria o primeiro a lhe dizer que está longe de ser um santo – e isso não é falsa modéstia’, explica Stengel, que reuniu mais de setenta horas de entrevistas e um diário com cerca de 120 mil palavras de Mandela entre 1992 e 1994. Parte deste material transformou-se no livro ‘Os caminhos de Mandela’, onde o leitor poderá aprender, por exemplo, a importância de conhecer seus inimigos e de manter seus rivais por perto, ou que a coragem não é, necessariamente a ausência do medo, e que saber desistir também é uma atitude necessária a um líder.

Entre O Encardido, O Branco E O Branquíssimo

ENTRE O ENCARDIDO, O BRANCO E O BRANQUÍSSIMO

SCHUCMAN, Lia Vainer. Entre o Encardido, o Branco e o Branquíssimo (branquitude, hierarquia e poder na Cidade de São Paulo). São Paulo, FAPESP, Annablume, 2014.

Sinopse: Trata de uma pesquisadora branca estudando racismo por meio da branquitude. Lia foi sujeito e objeto de pesquisa e seu questionamento revela o privilégio do branco na hierarquia racial no Brasil. Seu estudo traz para a Psicologia Social e Clínica contribuição sem dúvida relevante ao abordar problema pouco estudado segundo o recorte racial. Possui múltiplas abordagens teórico-conceituais com evidentes implicações políticas e de envolvimento interdisciplinar.

A Busca de Um Caminho Para o Brasil

A BUSCA DE UM CAMINHO PARA O BRASIL

SANTOS, Helio. A Busca de um Caminho para o Brasil. São Paulo, SENAC, 2001.

Sinopse: O racismo é examinado neste livro pelo professor Helio Santos, mostrando como o negro e o negro-mestiço voltam sem cessar aos mesmos constrangimentos, prisioneiros de um círculo vicioso. O livro apresenta um projeto de transformação no campo econômico, introduzindo conceitos como o da “tecnologia da inclusão”, instrumento para desenvolver e implementar “políticas massivas de inclusão”. Esses e outros conceitos formam os passos do caminho que conduz à unificação dos dois “Brasis” descritos pelo autor.

Solistas Dissonantes

SOLISTAS DISSONANTES

SANTHIAGO, Ricardo. Solistas Dissonantes – história (oral) de cantoras negras. São Paulo Editora Letra e Voz, 2009.

Sinopse: Neste livro treze cantoras negras brasileiras ligadas aos universos da canção e do jazz contam sua história (oral) e mostram como instituíram e consolidaram, na soma de conquistas individuais, uma nova história (oral) na música popular feita no Brasil. Ultrapassando a falsa equivalência entre “artista negro” e “sambista”, elas desenvolveram trajetórias artísticas caracterizadas pela excelência e pela diversificação

A Alma Africana no Brasil

A ALMA AFRICANA DO BRASIL

RIBEIRO, Ronilda Iyakemi. A Alma Africana no Brasil-os iorubas. São Paulo. Oduduwa, 1996.

Sinopse: Se propõe a contribuir para o preenchimento dessa lacuna: levar os brasileiros a redescobrirem uma de suas múltiplas fontes culturais. Em vez de pintar uma África única, unitária e simplificada. A autora se limita neste livro a falar principalmente do segmento étnico ioruba da Nigéria cuja contribuição á cultura brasileira, essencialmente no domínio religioso é significativa. Descreve os iorubas no seu berço africano de um lado e tenta a partir desse pano de fundo cultural africano enfocar as influências e o impacto cultural trazido para a cultura brasileira. Sem dúvida, a obra apresenta uma diversidade temática compilando dados históricos, sócio-políticos, religiosos, etc., o que denota a preocupação da autora em fornecer um quadro o mais completo possível de informações sobre os iorubas.

Doze Anos de Escravidão

DOZE ANOS DE ESCRAVIDÃO

NORTHUP, Solomon. 12 Anos de Escravidão. São Paulo, Seoman – Editora Pensamento-Cultrix Ltda., 2014.

Sinopse: Tendo nascido um homem livre por mais de 30 anos e vivenciado a liberdade em um Estado livre nos EUA, acaba sendo sequestrado e vendido como escravo, condição que permaneceu por 12 anos e resgatado em 1853. Este livro trata do testemunho de sua vida e dos acasos que pontuaram sua experiência como homem escravizado.

GRIOTS: culturas africanas

GRIOTS

LIMA, Tânia; NASCIMENTO, Izabel; OLIVEIRA, Andrey (Organizadoras). Griots – Culturas Africanas – linguagem, memória, imaginário. Natal, Lucgraf, 2009.

Sinopse: Reúne as mais variadas falas de pesquisadores que bebem nas mais diversas linhas de pesquisa. Propõe redescobrir a dimensão humana dos povos africanos enquanto legado literário e cultural.

Tempos Extremos

TEMPOS EXTREMOS

LEITÃO, Miriam. Tempos Extremos. Rio de Janeiro, Editora Intrínseca, 2014.

Sinopse: Romance. Trata de história de paixões extremas, sobre tempos extremos. Uma viagem às vezes em quase delírio pelos flagelos da escravidão no século XIX, e pelos subterrâneos do regime militar, no século XX.

Origens Africanas no Brasil Contemporâneo

ORIGENS AFRICANAS NO BRASIL CONTEMPORÂNEO

MUNANGA, Kabengele. Origens Africanas no Brasil Contemporâneo. São Paulo, Global Editora, 2009.

Sinopse: O objetivo deste livro é resgatar a história e a beleza da África antes da exploração e dominação brutal a que os africanos foram submetidos para justificar e legitimar a colonização estrangeira. Com textos e fotos, o autor busca arrancar a máscara bárbara imposta àquele continente, com o intuito perverso de divulgar ao mundo uma África rude, selvagem e desprovida de humanidade, e nos revelar sua verdadeira, desconhecida e harmoniosa face. A África é tão complexa e diversa que sua história não poderia se esgotar nessas páginas. Porém, com este livro, espera-se atender às premissas da Lei nº 10.639/03, que propicia aos estudantes brasileiros um conteúdo adequado sobre as origens, as línguas, as culturas e as civilizações do imenso continente que vive em cada um de nós.

O Escravismo Colonial

O ESCRAVISMO COLONIAL

GORENDER, Jacob. O Escravismo Colonial. São Paulo, Editora Ática, 1985.

Sinopse: Aborda a formação histórica do Brasil de maneira sistemática sobre o período da produção escravista colonial com enfoque na política, história e sociologia e sua influência na construção do desenvolvimento brasileiro.

Um Defeito de Cor

UM DEFEITO DE COR

GONÇALVES, Ana Maria. Um Defeito de Cor. São Paulo, Record, 2009.

Sinopse: História de uma africana idosa, cega e à beira da morte, que viaja da África para o Brasil em busca do filho perdido há décadas. Ao longo da travessia, ela vai contando sua vida, marcada por mortes, estupros, violência e escravidão. Inserido em um contexto histórico importante na formação do povo brasileiro e narrado de uma maneira na qual os fatos históricos estão imersos no cotidiano e na vida dos personagens.

Pele Negra, Máscaras Brancas

PELE NEGRA, MÁSCARAS BRANCAS

FANON, Frantz. Pele Negra, Máscaras Brancas. Salvador, EDUFBA, 2008.

Sinopse: A obra fala sobre a negação do racismo contra o negro na França e teve sua primeira edição, em português, em 1963. Aborda o pensamento da Diáspora Africana, o pensamento da descolonização, do pensamento psicológico, da teoria das ciências, da filosofia e da literatura caribenha. O autor trata também da ideologia que ignora a cor, e como ela pode apoiar o racismo que nega – pensamento que causou grande turbulência nas décadas de 1960 e 1970. O livro busca aguçar o senso crítico sobre o racismo e seus impactos.

Identidade, Branquitude e Negritude

IDENTIDADE, BRANQUITUDE E NEGRITUDE

BENTO, Maria Aparecida da Silva; SILVEIRA, Marly de Jesus; NOGUEIRA, Simone Gibran (Organizadoras). Identidade, Branquitude e Negritude (contribuições para a Psicologia Social no Brasil: novos ensaios, relatos de experiência e de pesquisa). São Paulo, CEERT, Casa do Psicólogo, 2014.

Sinopse: Entender a desigualdade racial pela via da subjetividade significa compreender os efeitos de um racismo negado e exercido continuamente na sociedade brasileira. Procura compreender a engenharia de um sistema cheio de rachaduras, mas ainda eficiente, que cria situações nas quais negros/as são preteridos. Este livro é uma forma de oferecer informações fundamentais para os profissionais que trabalham com a população nas empresas, nos serviços de saúde, de educação e em seus consultórios.

Racismo Institucional

AMMA Psique e Negritude, Instituto. Identificação e Abordagem do Racismo Institucional. São Paulo, CRI, 2010.

Sinopse: Esta publicação tem como objetivo propor uma metodologia de combate ao racismo institucional no setor público, com base na experiência desenvolvida junto às agências implementadoras do Programa de Combate ao Racismo Institucional (PCRI). A metodologia desenvolvida pelo Instituto AMMA privilegiou a dimensão subjetiva do racismo, enfocando seus aspectos psicossociais a partir das percepções, do imaginário, das representações sociais sobre pertencimento étnico racial e das vivências de discriminação dos participantes.

Psique e Negritude

PSIQUE E NEGRITUDE

AMMA Psique e Negritude, Instituto. Psique e Negritude, os efeitos psicossociais do racismo, São Paulo, Imprensa Oficial, 2008.

Sinopse: “Humilhação social é sofrimento longamente aturado e ruminado. É o rebaixamento que atinge alguém só depois de haver ancestralmente atingido sua família ou raça, seu grupo ou classe, às vezes uma nação ou povos inteiros”. José Moura Gonçalves Filho. A população negra foi profundamente marcada pela experiência da humilhação racial. Como lidar com esta realidade? Como cuidar da saúde psíquica? Esta publicação busca respostas para estas questões. Apresenta entrevistas com profissionais e pesquisadores, experiências de educadores, psicólogos, historiadores, jornalistas e ativistas do movimento negro.

A Trajetória de um Psicanalista

A TRAJETÓRIA DE UMA PSICANALISTA

ABRÃO, Jorge Luís Ferreira. Virginia Bicudo – A Trajetória de uma Psicanalista. São Paulo, FAPESP, Editora Arte & Ciência, 2010.

Sinopse: Escrevendo sobre Virgínia Leone Bicudo, Jorge Abrão procurou descrever a trajetória de uma psicanalista negra brasileira, focalizando sua localização em seu espaço e tempo. O panorama do século XX com todas suas transformações econômicas, sociais, políticas e culturais contribuiu para que Virgínia Bicudo se tornasse uma pioneira na introdução da psicanálise no Brasil. O livro tem o objetivo de apresentar os principais fatos históricos de século XX, que com sua repercussão, trouxeram a industrialização e urbanização à cidade de São Paulo. Além desse estudo da época vivida pela biografada, foram realizadas várias entrevistas com personagens que participaram da vida de Virgínia Bicudo e com outras em cujas vidas ela participou como psicanalista amiga ou orientadora.

Feridas até o coração, erguem-se negras guerreiras

Prestes, Clélia Rosane dos Santos – Feridas até o coração, erguem-se negras guerreiras. USP, 2013.

Tem como objetivo analisar processos de resiliência em mulheres negras, considerando as influências de conteúdos oriundos da transmissão psíquica, de simbolismos associados a estas mulheres.

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Questão Racial e Serviço Social

Eurico, Márcia Campos – Questão Racial e Serviço Social: uma reflexão sobre o racismo institucional e o trabalho do Assistente Social. PUC SP, 2011.

Busca investigar a percepção dos profissionais acerca do racismo, do preconceito e da discriminação racial no seu trabalho cotidiano, a partir da forma como as instituições estão organizadas.

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A Beleza Negra na Subjetividade

Miranda, Maria Aparecida – A Beleza Negra na Subjetividade – USP, 2004.

Este trabalho busca verificar as inscrições que o fenômeno do racismo opera na constituição subjetiva das meninas negras.

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Significações do Corpo Negro

Nogueira, Izildinha Baptista – Significações do Corpo Negro. USP, 1998.

Este trabalho tem como objetivo investigar a dimensão psíquica da questão do racismo, partindo da hipótese de que essa realidade histórica-social determina, para os negros, configurações psíquicas peculiares.

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[Artigo] A Percepção do Assistente Social Acerca do Racismo Institucional

Autoria: Márcia Campos Eurico – Mestre em Serviço Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUC/SP

A complexidade das relações raciais no Brasil revela o campo de disputas em que o Serviço Social é chamado a intervir, pois o projeto ético-político que orienta o trabalho profissional do assistente social é portador de uma direção social na perspectiva da emancipação dos sujeitos coletivos. O presente trabalho é resultado da pesquisa e da reflexão sobre o racismo institucional e o trabalho do assistente social. Busca-se investigar a percepção dos profissionais acerca do racismo, do preconceito e da discriminação racial no seu trabalho cotidiano.

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[Artigo] Raízes da Discriminação Racial no Brasil

CONE/PMSP

O presente artigo aborda a histórica luta pela igualdade racial no Brasil e sua vinculação com as desigualdades perpetradas pelo modo de produção escravista no país.

Especificamente no Brasil a violência perpetrada contra os negros durante todo o período da escravidão revela o quanto este grupo foi vilipendiado, mas contraditoriamente explicita a resistência e a luta dos negros escravizados, contra o regime escravocrata, e a busca da liberdade.

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[Livro] A Alma Brasileira – Luzes e Sombra

A alma brasileira

Editora Vozes
Boechat, Walter e organizadores
Petrópolis – RJ
2014

Este livro aborda a questão importante da intersecção da alma brasileira coletiva e a alma dos indivíduos, como elas se afetam, como a memória ancestral de todo um povo afeta o comportamento de cada pessoa. O propósito central das reflexões nesse livro é promover um processo de recuperação das memórias de nossas origens multiculturais em um
processo de resgate de raízes brasileiras, de sua alma e de seus contrastes.

[Livro] A Segunda Pátria

A segunda pátria

Sanches Neto, Miguel
Editora Intrínsica
São Paulo – SP
2015

Às vésperas da Segunda Guerra Mundial, Getúlio Vargas resolve se tornar um aliado do Terceiro Reich. No cenário alternativo criado pelo autor, o país se alinha com o Eixo e, como parte do acordo, é estabelecido que os estados do sul, com grande presença de descendentes de alemães, podem pôr em prática os princípios do nazismo, como o racismo, o antissemitismo e a eugenia. Em Blumenau, à medida que a saudação Heil Hitler se torna corriqueira, o engenheiro Adolpho Ventura convive atônito com o progressivo cerceamento de sua liberdade. Seu crime é ser negro e pai de uma criança mestiça. Na mesma cidade, desenrola-se a trajetória de Hertha, jovem sedutora que encarna todos os predicados da superioridade ariana. A ela é confiada uma misteriosa missão. Com violência e sensualidade, o autor revela uma paixão proibida, enquanto subverte os fatos para criar um Brasil que não está nos livros de história, mas nem por isso deixa de ser assustadoramente plausível.

[Livro] Mulheres, Raça e Classe

Mulheres, Raça e Classe

Angela Davis
Boitempo Editorial
2016

Mais importante obra de Angela Davis, "Mulheres, raça e classe" traça um poderoso panorama histórico e crítico das imbricações entre a luta anticapitalista, a luta feminista, a luta antirracista e a luta antiescravagista, passando pelos dilemas contemporâneos da mulher. O livro é considerado um clássico sobre a interseccionalidade de gênero, raça e classe. A perspectiva adotada por Davis realça o mérito do livro: desloca olhares viciados sobre o tema em tela e atribui centralidade ao papel das mulheres negras na luta contra as explorações que se perpetuam no presente, reelaborando-se. O reexame operado pela escrita dessa ativista mundialmente conhecida é indispensável para a compreensão da realidade do nosso país, pois reforça a práxis do feminismo negro brasileiro, segundo o qual a inobservância do lugar das mulheres negras nas ideias e projetos que pensaram e pensam o Brasil vem adiando diagnósticos mais precisos sobre desigualdade, discriminação, pobreza, entre outras variáveis.